Arrocho amplo, geral e irrestrito para todos, sem exceção. É isso o que Bolsonaro quer como contrapartida ao projeto de socorro financeiro aos estados e municípios. Em reunião com os governadores, nesta quinta-feira (21), o presidente anunciou que irá sancionar o projeto, mas quer o compromisso dos governadores na defesa do veto à possibilidade de reajuste aos servidores.
Na proposta aprovada no Senado, já havia a previsão do congelamento de salários dos servidores até dezembro de 2021, porém preservando algumas categorias tidas como essenciais, a exemplo dos profissionais da saúde e da segurança pública. Com o veto de Bolsonaro, o congelamento será imposto a todos, inclusive aos que estão atuando na linha de frente do combate à Covid-19.
Não é de hoje que o governo ameaça os servidores federais, mas é extremamente lamentável que Bolsonaro e Guedes utilizem a crise sanitária como pretexto para promover o seu projeto de desmonte do serviço público, cujo o objetivo é transferir todo patrimônio público para a iniciativa privada.
